Publicado em 11 de julho de 2025
Correio Braziliense

Nos últimos anos, o tema do bem-estar financeiro passou a ganhar destaque, não apenas entre especialistas em economia, mas também em pesquisas sobre saúde mental. Estudo publicado em 2024 pela revista Stress and Health reforçou um ponto essencial: manter as finanças organizadas exerce um impacto direto e positivo sobre o estado emocional das pessoas. Dessa maneira, cuidar do orçamento, evitar dívidas desnecessárias e adotar o hábito de guardar uma parte dos rendimentos tornou-se uma recomendação respaldada por dados científicos.

Os resultados desse levantamento mostram que a saúde financeira vai além do simples controle do orçamento doméstico. Segundo a análise, pequenos ajustes, como o aumento em apenas 1% do valor poupado mensalmente, já promovem melhorias perceptíveis nos índices de saúde mental. O estudo considerou mais de 20 mil participantes e identificou que, quanto mais sistemáticas eram as práticas de poupança e quitação de dívidas, melhor era a qualidade de vida emocional dos envolvidos.

 

Como o hábito de economizar afeta o bem-estar?

Economizar dinheiro é frequentemente visto apenas como uma estratégia para garantir estabilidade futura, mas seus benefícios se estendem também ao presente. Quem desenvolve o hábito de guardar uma quantia regularmente consegue enfrentar imprevistos com mais tranquilidade, reduzindo preocupações e ansiedade. Essa reserva funciona como um respaldo, trazendo sensação de segurança diante de eventuais contratempos financeiros, tais como reparos urgentes ou despesas médicas inesperadas.

Dentre os comportamentos observados nos grupos com menor nível de estresse, a formação de um fundo de emergência destacou-se como uma das medidas mais eficazes. Essa prática, segundo especialistas, permite tomar decisões mais conscientes em situações de crise financeira, mantendo a autoconfiança e o controle diante dos desafios.

 

Qual a relação entre evitar dívidas e a saúde psicológica?

Um dos aspectos mais relevantes identificados no estudo refere-se ao uso responsável do crédito. O excesso de compromissos financeiros, sobretudo aqueles gerados por cartões de crédito acumulados ou empréstimos frequentes, esteve diretamente associado ao aumento do estresse entre os participantes. Isso revela que administrar dívidas de forma consciente é uma conduta indispensável para preservar o equilíbrio emocional.

 

  1. Pagar contas em dia impede a incidência de juros e reduz preocupações com cobranças.
  2. Evitar parcelamentos desnecessários mantém o controle do orçamento.
  3. Planejar compras de maior valor com antecedência reduz a pressão no final do mês.

Esses hábitos, aliados ao compromisso de não comprometer mais do que se pode pagar, ajudam a manter o controle sobre as próprias finanças e trazem benefícios para a saúde mental.

 

Quais atitudes impulsionam a saúde financeira?

Além de economizar e evitar o endividamento, outros comportamentos foram relacionados ao bem-estar financeiro. Entre eles, destaca-se a busca por conhecimento sobre planejamento econômico e o acompanhamento constante dos gastos. Monitorar receitas e despesas, estabelecer metas realistas e revisar periodicamente os objetivos contribuem para promover disciplina e clareza nas decisões.

  1. Ter uma fonte de renda adicional fortalece a proteção contra oscilações financeiras.
  2. Manter-se atualizado sobre finanças pessoais amplia a capacidade de tomar decisões acertadas.
  3. Conservar uma visão de longo prazo impede que emoções momentâneas comprometam o futuro econômico.

Esse conjunto de atitudes influencia não só o saldo bancário, mas também favorece uma rotina mais estável e menos ansiosa, como demonstrado pelos dados recentes.

 

Por que hábitos simples podem fazer tanta diferença?

Ao contrário do que se imagina, alcançar estabilidade financeira e emocional não depende exclusivamente de altos salários. O estudo comprovou que hábitos saudáveis de gestão do dinheiro, independentemente do nível de renda, são determinantes para uma vida mais equilibrada e com menos ansiedade. Estabelecer prioridades, cortar gastos desnecessários e planejar o uso dos recursos são passos essenciais para quem busca qualidade de vida no cotidiano.

Ao integrar práticas de poupança, planejamento e evitar dívidas supérfluas, cada pessoa pode alcançar uma rotina mais serena, reduzindo o impacto do estresse financeiro e ampliando as possibilidades de crescimento pessoal. Assim, investir em educação financeira e cultivar autodisciplina são medidas práticas que promovem tanto a estabilidade econômica quanto o bem-estar mental ao longo do tempo.

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